Olá,
meu povo!
Voltando
a atualizar o blog...
Dessa
vez, trazendo uma questão recente da prova de Técnico de
Laboratório do concurso do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), realizada pela Consulplan em maio de 2014.
A
questão foi enviada pelo colega Diego Costa, que não é o atacante
do Atlético de Madrid (eu acho, né?), e que vai nos auxiliar a
NUUUUNCA MAIS errar uma questão
desse tipo! Preparem-se que o post vai ser grande...
Considere
os seguintes argumentos:
Argumento
I
p1:
Trabalho se e somente se estudo.
p2:
Terei sucesso, se trabalhar e for proativo.
p3:
Não estudei, mas sou proativo.
c:
Logo, não terei sucesso.
Argumento
II
p1:
Gosto de estudar e sou aventureiro.
p2:
Gosto de trabalhar ou de viajar.
p3:
Se sou aventureiro, então gosto de viajar.
c:
Logo, não gosto de trabalhar.
É
correto afirmar que
A)
os argumentos I e II são válidos.
B)
ambos os argumentos, I e II, são inválidos.
C)
no argumento I, a conclusão é consequência de suas premissas.
D)
apenas no argumento II, a conclusão é consequência de suas
premissas.
Vamos
primeiro conceituar, ok?
Argumento
nada mais é do que um conjunto de proposições (chamadas premissas,
que assumiremos como verdadeiras) associadas a uma conclusão.
Pode
ser:
-
válido, quando a conclusão é
consequência obrigatória das premissas;
-
inválido, a verdade das
premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão.
É
assim: a questão te dá informações (premissas) que aceitaremos
como verdadeiras. Daí, pergunta: “se elas (premissas) forem
verdadeiras, essa (a conclusão) também será?”. Se a sua resposta
for SIM, temos um argumento válido.
Se NÃO, inválido!
Agora,
se o argumento apresentar os conectivos (proposições simples ou
compostas), podemos utilizar os conceitos das Estruturas Lógicas
ou pela nossa ‘amiga’ Tabela-Verdade. Vamos ver as 2
formas, ok?
Argumento
I => pelas Estruturas Lógicas
p1:
Trabalho se e somente se estudo.
p2:
Terei sucesso, se trabalhar e for proativo.
(aqui
precisamos ler SE trabalhar E for proativo,
ENTÃO terei sucesso, ok?)
p3:
Não estudei, E sou proativo.
c:
Logo, não terei sucesso.
Temos
na p3 uma conjunção. Logo, para que p1 (bicondicional) seja V,
ambas as partes devem ter valores lógicos iguais. Assim, Não
estudei = V e sou
proativo = V. Em p1, temos:
Trabalho
se e somente se V
=>
assim, para que a premissa seja V, Trabalho
= V.
Para
acabar, na p1:
Se
trabalhar e
for proativo, então
terei sucesso
=>
Se
V
e
V,
então
terei sucesso
=>
Se
V,
então
terei sucesso
Na
condicional, se a 1a parte é V, a 2a parte
também deve ser V para termos premissa verdadeira. Logo, terei
sucesso = V.
Como a
conclusão é Logo, não
terei sucesso, ela será falsa, correto? Portanto,
argumento inválido!
Argumento
II
=> pela Tabela-Verdade
p1:
Gosto de estudar e sou aventureiro.
p2:
Gosto de trabalhar ou de viajar.
p3:
Se sou aventureiro, então gosto de viajar.
c:
Logo, não gosto de trabalhar.
Vai
dar um pouquinho de trabalho, mas vamos descer a marreta!!!
Contando
as proposições que formam as premissas, temos:
Gosto
de estudar = GE
Sou
aventureiro = SA
Gosto
de trabalhar = GT
Gosto
de trabalhar = GV
Tabela-Verdade
com 16 linhas! Peeeeeeense no trabalho!
Agora,
a análise! Como devemos ter apenas premissas verdadeiras, só
vão servir as linhas que p1, p2 e p3 tiverem V, ok? As que
não tiver, vamos riscar!
Vejam
que apenas as linhas 1 e 3 trazem premissas verdadeiras! Agora,
respondam: tendo premissas verdadeiras, TODAS as
conclusões são verdadeiras???
PH,
não! A linha 1 traz conclusão F.
Por
causa dela, o argumento é inválido!
Olha
só, coloquei as 2 formas de resolução para que vocês conheçam
ambos os métodos. Porém, a decisão de qual seguir é de vocês!
Uma grande quantidade de proposições nos afasta da Tabela-Verdade
(era o mais lógico no Argumento II), enquanto não é muito bom
trabalhar com Estruturas Lógicas se não tivermos proposição
simples ou conjunção (tinha no Argumento I) dentre as premissas.
Resposta:
letra B.
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Beijo
no papai e na mamãe,
PH
ph@euvoupassar.com.br
O
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Vem
aí, aguardem!